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sábado, 28 de dezembro de 2019

Livre arbítrio, escolhas e consequências


Ela acreditava que todos nasciam 
com as tais "asas ocultas", 
como ela as costumava chamar.
Segundo ela,  o uso que era dado à essas asas,
 era só uma questão de escolha.
Alguns, preferiam ser como anjos, 
para fazerem o bem aos que os cercavam, 
tornando o mundo um lugar mais lindo de se viver,
já outros, eram como águias, 
gostavam do voo solitário, 
nada de voar em bandos,
eram os da turma do "Eu me basto",
mas infelizmente, ela sabia que existiam ainda, 
os que faziam a pior escolha, 
esses optavam por ser como urubus,
sempre observando com prazer, a derrota dos outros,
para no fim,  alimentar-se da "morte emocional" deles.

Ela tentava usar suas asas para ser um dos anjos, 
mas algumas vezes, mesmo sem querer, 
ficava "meio águia" , 
não por maldade, apenas por proteção, 
instinto de defesa, talvez.

Mesmo com tantas atribulações, com tantas decepções,
ela sabia que tinha que manter suas asas sempre "de anjo",
e prometia a si mesma e à Deus, que elas  nunca 
se tornariam as asas "de um urubu",
não importava o quanto o mundo a maltratasse, 
ou o quanto a vida a testasse,
ou o quanto as pessoas a ferissem... 
ela nunca usaria suas "asas ocultas" 
pra fazer o mal a ninguém.

Livre arbítrio, escolhas e consequências,
é disso que a vida é feita.... e fim.

(BVieira)