Ela se refugiava no carinho das palavras,
Ela lia... escrevia,
Ela confiava no conforto e no aconchego delas,
porque pareciam ter um poder curativo sobre ela.
Especialmente, quando podia escrever,
expressar emoções através das palavras,
lhe aliviava a dor de cabeça, que os pensamentos confusos lhe causavam,
Escrever, lhe amenizava o aperto no peito, que as emoções sempre em desalinho lhe faziam sentir.
Depois que ela passou a entender, que as palavras tinham força e que podiam ser mágicas,
ela começou a fazer uso delas, como quem usa uma armadura, para lidar melhor com suas dores, frustrações e todos seus sentimentos.
As palavras protegiam-na, a deixavam mais forte e ela as amava por isso.
VENHAM A MIM PALAVRAS QUE CURAM!
ACALMEM MEU CORAÇÃO !
fortes, vibrantes, intensas, verdadeiras,
e como era de costume... lavavam-lhe a alma.
E assim era a história entre elas, cheia de Amor, dependência, e cumplicidade. Uma história, que ela esperava que fosse sem fim, porque, mesmo quando seu corpo já não tivesse mais vida, mesmo assim... suas tão amadas palavras ainda estariam lá.
(BVieira)