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sábado, 17 de julho de 2021

Frágil Barco


Ela estava tão cansada... 

Já fazia tempo que se sentia assim.

Sentia-se como se estivesse dentro de um pequeno e frágil barco, em meio a um mar tão vasto, que nem ao menos conseguia avistar terra firme. Havia dias em que, sua humilde embarcação, precisava ser forte o suficiente para enfrentar as intempéries que ocorriam naquele mar da Vida.

Tempestades violentas, ventos fortes, maremotos, sem abrigo, até o Sol se tornava um inimigo cruel pra ela, até mesmo as tarefas mais simples da vida, dentro daquele barquinho, pareciam ter se tornado complicadas de serem executadas.

Ela estava tão cansada...

Desistir não era, e nem nunca foi, uma opção pra ela, por isso, ela não podia deixar de remar, ela sabia que se o fizesse, aí sim, nunca chegaria à lugar algum.

Ela não queria muito, queria apenas, poder finalmente, sentir o toque da areia firme sob seus pés, queria simplesmente sentir-se segura para poder enfrentar as provações de pé, e não mais de forma vulnerável, como ela costumava se sentir, naquele barquinho cheio de limitações e fragilidades.

Mas ela sabia que, mesmo naqueles momentos em que se sentia mais fraca e cansada, havia algo que lhe fazia transbordar forças, forças que ela achava que já estavam deixando seu corpo... esse algo... era sua Fé.

Ela tinha uma Fé, que a fazia se sentir como as ondas daquele mar, nos momentos mais revoltos; ela era gigante  quando precisava ser, e muitas vezes, precisava recuar, não para desistir, mas para retomar suas forças... e voltar mais forte.

Ela estava tão cansada...

Mas ao seu lado, estava o maior aliado que alguém poderia ter, Aquele que a ajudava a remar todos os dias, principalmente 
em meio às tormentas... o Deus do Impossível.

Ela sabia, que por mais cansada que estivesse, Deus, nunca a deixaria desistir... 
E por isso, ela, mesmo cansada, seguia remando...
Ela remava, mas quem guiava seu "Frágil Barco", era DEUS.
E com Ele a lhe guiar, ela sabia que conseguiria chegar ao seu destino tão sonhado.
Era uma missão árdua, ela sabia,
Mas em seu peito, batia um coração sofrido, porém guerreiro,
E um coração guerreiro, nascido do ventre de uma guerreira, 
e preenchido pelo Amor de Deus, NUNCA DESISTE!
Por isso, mesmo se sentindo tão cansada, 
ela não se permitiria desistir, por ela mesma, pelos que amava, mas principalmente pelo AMOR DE DEUS.

(BVieira)